A tecnologia move o mundo e pode ser definida como o conhecimento aplicado que transforma a sociedade a partir das demandas da população, sendo essencial para (re)criar novas oportunidades e processos. Na última década, tem protagonizado significativa revolução sendo mola propulsora do fazer profissional em saúde, com importantes repercussões na qualidade de vida dos usuários/pacientes.
Tecnologia em saúde representa uma forma de conhecimento aplicado para solucionar/minimizar problemas de saúde, promovendo prevenção, diagnóstico ou tratamento das doenças, permitindo a reabilitação de suas consequências e o cuidado em saúde. Conforme a portaria Nº 2.510/GM (2005), são: medicamentos, materiais, equipamentos e procedimentos, sistemas organizacionais, educacionais, de informações e suporte, programas e protocolos assistenciais. Importante não reduzir o termo tecnologia somente a equipamentos, sendo também o conjunto de ações que permitem operá-los: o saber e seus procedimentos.
Dentre as tecnologias em saúde que qualificam diagnósticos e tratamentos, estão: big data; Internet das Coisas Médicas (IoMT); dispositivos wearables, automação, monitoramento e rastreabilidade; impressões 3D; chatbots; inteligência artificial; blockchain; pesquisa de voz; prontuários eletrônicos; biossenssores e rastreadores. Importante avanço científico-tecnológico deve ser creditado às vacinas desenvolvidas no combate à Covid-19, que devolveram esperança de vida à população.
Ainda, assumem significativa contribuição para redução das taxas de morbimortalidade. Requer-se, para tanto, a gestão de processos e recursos com foco no diagnóstico das demandas, processos de avaliação, incorporação, difusão e gerenciamento da sua utilização.
As evidências científicas contribuem para avaliar necessidades de saúde, orçamento público e corresponsabilização dos níveis de governo e controle social, além dos princípios de equidade, universalidade e integralidade, que fundamentam a atenção à saúde no Brasil.
É fato, quando se fala em tecnologia em saúde, que nenhum amanhã é suficientemente distante. A ciência precisa resgatar patamares anteriormente alcançados tornando um desafio garantir que a população viva mais e com qualidade de vida melhor.
Estamos diante de um novo perfil profissional, que precisa estar qualificado e sincronizado com as mudanças do mundo, tendo as tecnologias como ferramentas para transformar a realidade. Você, profissional do amanhã, quer fazer parte desse percurso com vistas à melhoria da qualidade de vida e saúde das pessoas?
Texto: Carla Lizandra de Lima Ferreira, Coordenadora do curso de Enfermagem UFN, e Patrícia Pasquali Dotto, Coordenadora do curso de Odontologia UFN